A CBF PREGA NACIONALISMO E MORALIDADE

Ridícula a posição da CBF, através de seu departamento jurídico, evocando a Constituição, para caçar a nacionalidade do atacante Diego Costa, que optou por defender a seleção espanhola, um direito absolutamente legítimo do jogador, que antes de tomar a decisão procurou saber se os jogadores estariam de acordo e se aceitariam sua convocação para defender o time campeão do mundo.

Pior que isso é acusar Diego Costa de ter escolhido defender La Roja por questões financeiras, que para quem acompanha o futebol espanhol sabe que isso jamais seria permitido pela Real Federação de Futebol da Espanha, que tem suas decisões ligadas à família real, sempre acompanhadas pelo rei Juan Carlos um dos mais apaixonados torcedores do time dirigido por Vicente Del Bosque.
Esse ufanismo artificial beira a insanidade. Ainda mais quando a CBF, que deveria envergonhar-se de ter um departamento jurídico tão medíocre, a ponto de fazer acusações dessa natureza, deveria estar procurando quem anda superfaturando as obras dos estádios que estão sendo preparados para a copa do mundo, entre outras suposições de roubalheira desenfreada que, esse pessoal sim, deveria ser enquadrado na Constituição e expatriado.

Para culminar com o rosário de aberrações, a CBF, logo quem, anuncia que considera o atacante sergipano “persona non grata”, por ter optado por defender a seleção espanhola na copa do mundo. Presidente Marin, a quem conheci bem em 1986, no México, como chefe de delegação, e mantive um excelente e respeitoso contato, transmita ao seu departamento jurídico que vou torcer para que a Espanha seja bicampeã do mundo, de preferência ganhando de sua seleção, na final.

Consultem a Constituição, por quem tenho o maior respeito, mais que muitos dos senhores que se consideram donos do futebol e da seleção brasileira, para que me obriguem a torcer pela seleção que sustenta também o monopólio televisivo. Não dependo dessa entidade, até pela falta de respeito que têm por ela todos os desportistas sérios do Brasil e do exterior, tida como um dos maiores centros de corrupção do futebol mundial, basta consultar os livros “Como eles roubaram o jogo” e “Jogo Sujo”. Leiam e verão o que é aquilo por dentro.

Pois bem, senhora CBF, com sua empáfia, arrogância e soberba, respaldada por uma parte podre e comprometida da imprensa, que sempre lotou os “voos da alegria” as custas do futebol brasileiro, estou declarando publicamente minha torcida pela seleção espanhola como, aliás, fiz na Copa das Confederações. Tentem caçar minha nacionalidade, considerem-me “persona non grata”. Não vão. Sabem por quê ? Não rende holofotes, não vão aparecer. Restaurem a moralidade em suas entranhas para que possam exigir punição a alguém.

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