OS COVEIROS DO FUTEBOL CARIOCA

Eu não estava muito a fim de falar sobre a possibilidade da queda de Vasco e Fluminense para a segunda divisão. Sabe como é, vem logo um monte de malas defendendo a “instituição”, na qual nunca nos referimos, como vou fazer agora. Desnecessário dizer o que representam os dois clubes para o futebol carioca, brasileiro e mundial. Ponto.  

O que é preciso, nessa hora, é cobrar de quem levou o futebol do Rio, o mais importante do País, com duas das três maiores torcidas, a essa nível. Torcidas que, aliás, tem demonstrado um comportamento atípico que, em anos atrás, seria bem diferente do apoio que tem dado aos dois times, quando jogam no Rio. Felizmente.
 
Não é hora, a não ser quem tenha interesse nisso, e não são poucos, de achar que Roberto Dinamite é o responsável pelas condições em que se encontra o Vasco, depois de uma ditadura de 20 anos, quando a instituição, aí sim, foi vilipendiada, desrespeitada, humilhada.
 
 Paralelamente, a televisão, nesse mesmo período, passou a mandar no futebol, mudando horários, impondo calendários, tabelas e cada vez mais faturando, aumentando audiência e tirando o torcedor dos estádios. E os clubes passando os pires para arrecadar migalhas. Dizem que melhorou, agora, o que não acredito ter sido para um bom retorno financeiro.
 
 Não vê quem não quer. O Fluminense, igualmente uma referência de organização, tradição e vitórias, vive, há muito tempo da Unimed. Também vive o pesadelo das dívidas e conheço torcedores apavorados com a possibilidade da saída do patrocinador master, que um dia vai acontecer. O fato é que descendo um ou dois, o futebol carioca passa por uma grande crise, jamais vista. E a tendencia é piorar.
 

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