A CAMPEÃ ESTÁ DE VOLTA

foto site rtve.es

O técnico Vicente del Bosque sabia da responsabilidade que o time campeão do mundo carregava ao pisar o gramado do Stade de France, contra os donos da casa que defendiam a liderança do Grupo I e uma vitória lhe garantiria, praticamente, a classificação para o mundial de 2014, no Brasil. A derrota deixaria os campeões mundiais na disputa por uma vaga … na repescagem. Coisas da Fifa.

Del Bosque apostou no plano B e se deu bem. A Espanha não só venceu a França como deu um grande passo para a classificação, basta vencer seus três últimos compromissos ou um tropeço dos franceses carimbam o passaporte para o mundial. Um gol de Pedro provavelmente evitará que a melhor seleção do mundo participe da repescagem, mais uma aberração da senhora Fifa, que ficaria sem os campeões do mundo no maior evento do futebol no planeta.

O técnico espanhol apostou numa nova postura, embora o time tenha feito passar o tempo, como lhe convinha, dando uma pequena amostra que tem ainda o melhor futebol do mundo, quando resolve tocar a bola, por em prática o “tictaca” que consegue fazer como ninguém. A Fúria começou com uma linha defensiva avançada, com a proteção do magnífico Xabi Alonso, procurando manter o time de Deschamps longe do gol. Xavi, Iniesta e Fabregas faziam a conexão com o ataque, sem o talento habitual de Xavi, visivelmente fora de condições físicas.

Com isso, o time sentiu a fragilidade do melhor volante do mundo e veio a sobrecarga sobre Xabi, Inieste e David Villa, que fazia um falso centro-avante, número 9, que não é, seguramente, sua melhor posição, não rende como costuma fazer no Barcelona. As jogadas de ataque ficavam por conta de Pedro, que se movimentava bem, mas encontrava forte marcação de Varane, Koscielny e o veterano Evra, com ajuda dos volantes. O jogo era igual com chances para os dois lados.

A obediência tática dos franceses resistiu bem ao primeiro tempo e parte do segundo, mas ficava na memória dos torcedores espanhóis a melhor oportunidade, desperdiçada por Xavi, aos quatro minutos de jogo, depois de uma grande jogada do lateral Monreal, excelente substituto de Jordi Alba, candidatíssimo a disputar a vaga com o titular do Barcelona. Um gol que normalmente o grande jogador não desperdiça.

Em seguida a uma grande chance nos pés de Iniesta, bem defendida por Lloris para corner, a seleção roja chegou ao gol que mudaria a história da eliminatória, pelo menos no Grupo I. Jogada iniciada por Pedro, enviesando para a esquerda, serviu a Monreal que fez grande jogada, penetrou na área e cruzou para o mesmo Pedro, que já estava na pequena área disputando com a zaga francesa. Lloris fez a primeira defesa mas a bola caiu dentro do gol, sem chance para a segunda ação do bom goleiro da França.

JOGO: FRANÇA 0X1 ESPANHA

LOCAL: Stade de France

PÚBLICO: 80.000 pagantes

ÁRBITRO: Viktor Kassai (Hungria)

1º TEMPO: 0X0

FINAL: 0X1 – Pedro (13’)

ESPANHA: Victor Valdés, Arbeloa, Piqué, Sergio Ramos e Monreal; Busquets, Xabi Alonso, Xavi e Iniesta (Mata) ; Pedro (Fabregas) e David Villa (Navas).

FRANÇA: Lloris, Jallet (Giroud), Varane, Koscielny e Evra; Cabaye (Ménez) Progba e Matuidi; Valbuena, Benzema (Sissoko) e Ribery.

CARTÕES AMARELOS: Cabaye, Matuidi, Xavi, Arbeloa e Fábregas

EXPULSÃO: Progba

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