PELÉ O ETERNO REI DO FUTEBOL

Pelé, o Rei do Futebol

Quem jogou mais, Puskas ou Ronaldo Fenômeno ? Não há quem possa responder, mesmo tendo visto o maior jogador húngaro de todos os tempos, um fenômeno para o seu tempo. Quem foi mais jogador, Di Stéfano ou Zidane, impossível chegar a uma conclusão. É uma discussão eterna, que não leva a nenhuma resultado coerente. Como estabelecer comparações com pessoas que viveram em épocas diferentes, impossível.  Mas insistem, ô gente chata.

Agora apareceu uma pesquisa, das milhares que surgem todos os meses, que, baseada não sei em que parâmetro, garante que se a Argentina ganhar a copa do mundo do Brasil, Messi poderá, sim, ser comparado a Pelé. Isso tem nome: insanidade. Ouvi de um “comentarista” esportivo, desses baratos, que tem amigos influentes na mídia, que o argentino ganhou quatro Bolas de Ouro e o nosso camisa 10 nenhuma. Ora, meu irmão, procura outra carreira porque essa não é a sua.

Fiquei esperando ele dizer que Messi foi campeão espanhol é o Pelé, não, jogando no Santos. Tudo bem, eles dizem o que querem, o que pensam, o que acham que sabem. Ou seja, nada. Papai pagou a Faculdade mais cara e ele saiu de lá pensando que era jornalista. E não é por aí. João Saldanha, o melhor de todos, nunca frequentou essas escolas e foi o mais respeitado e competente da imprensa esportiva desse país. Com muito respeito a tantos outros, de antigamente. De antigamente, repito.

Messi, futuro vice-rei

O futebol brasileiro, chamado por essa gente de “pentacampeão do mundo”, está na iminência de se tornar o primeiro país entre as potencias do futebol a perder duas copas em casa. Não será surpresa se pintar por aqui o “Maracanazo II” no próximo ano. Não temos um time formado, muito menos uma base consolidada. Perdemos muito tempo com Mano Menezes e o tiramos quando dele se poderia esperar algum resultado.  Uma “fritura” que não resistiu à passagem de ano.

O time ganhava cara, como se diz, e poderia chegar à grande competição com  uma boa base, principalmente na defesa, onde há bons e experientes jogadores, formar uma boa proteção para os zagueiros e misturar a molecada que está se firmando, caso específico de Neymar e Lucas, e completar dentro do padrão que será estabelecido por Felipão. Gosto e confio no trabalho do gaucho. Gosto do jeitão dele, de olhar nos olhos, dizer o que pensa e segurar a barra do grupo. Nisso levamos vantagem.

Isso é um alerta para os janotas das pretinhas (não esqueça que computador também tem pretinhas), com seus tweeters, facebooks, sites, e muitos outros veículos que tornaram o nosso planeta numa simples bola de gude. Vamos cobrar, dentro do que seus patrões permitem – isso é muito importante, não deixem de considerar –checar a CBF, se está tudo funcionando dentro dos padrões legais, o que precisa ser trocado, mas não percam tempo com comparações absurdas, pregações idiotas, perda de tempo.

Deixem o Pelé em Paz. Melhor, deixem o Messi em paz, também. O rapaz está fazendo história com muito talento, sem alarde, rejeitando comparações. Ele não está preocupado se é ou não o melhor de todos os tempos. A história vai dizer isso, mais adiante. Ele é magnífico, fantástico, número um para o seu tempo. Mas ainda falta muito para ser comparado a Pelé que, com a sua idade havia conquistado duas copas do mundo, a primeira com 17 anos, e dois mundiais de clubes. Somando com o tri de 1970 são cinco vezes campeão do mundo.

Não sou daqueles que dão tanto valor a essa Bola de Ouro oferecida pela Fifa. Na verdade, uma grande festa, bem organizada, caríssima, mas atende a interesses comerciais e políticos, como os demais. Andam imitando isso por aqui. Não pode ser coerente e justa uma observação sobre Neymar, jogando no Brasil, com as maravilhosas jogadas de Messi, atuando na Europa, no melhor time do mundo. São dados os mesmos pesos ? Não são, garanto. Por isso, penso que Messi precisa de tempo para ser comparado a Pelé, que bastava isso para consagrá-lo.

Ele quer, merece e pode ser muito mais. Sem uma lesão grave – que seja sempre assim – jogando no melhor campeonato do mundo, no melhor time, base da melhor seleção do planeta. Vai quebrar muitos recordes, ganhar títulos, fama e fará fortuna com seu imenso talento. Mas não pode ser comparado ao atleta do século, o maior de todos, autor do único gol 1000 do futebol mundial, tricampeão de quatro copas que disputou, parou uma guerra, forçou a expulsão de um árbitro, que o havia tirado do jogo, o maior de todos os atletas que, se não fosse brasileiro teria uma estátua em cada cidade desse país. Messi, na melhor e mais justa homenagem será, no futuro, VICE-REI.

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